terça-feira, 3 de novembro de 2020

Série - Curso de Escrita Acadêmica I

Escrever 400 palavras ao dia. [1]

Penso não apenas no quê escrever, mas também no que fazer do que escrevi...


 

A cientista social e antropóloga Rosana Pinheiro-Machado elaborou e disponibilizou em seu canal no YouTube [2] uma série de vídeos denominada Curso de Escrita Acadêmica, ao longo do segundo semestre de 2020. Após assistir à série, achei ser interessante desenvolver posts para divulgação de cada vídeo, por conta da qualidade do material.

A live de abertura, intitulada Escrever Sem Sofrer, contou com a convidada profa. Débora Diniz, antropóloga, professora, ensaísta e documentarista. Além do tema prévio, a live também abriu espaço para contemplar perguntas do público.

A seguir, deixo alguns trechos interessantes para que você possa explorar o conteúdo do vídeo. Mantive uma ordem cronológica dos trechos, mas sem a pretensão de desenvolver uma narrativa sobre o vídeo.

Débora Diniz descrita como "antropóloga do miúdo"... 💝

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Profa. Rosana: 

Todo mundo pode escrever. 

Escrever é uma prática para todos. 

É um processo de criação, que pode ser individual ou coletivo.

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Profa. Débora: 

Sobre a escrita acadêmica legítima, legítimo é o que é legitimado pelo poder vigente à época. No ambiente acadêmico, há regras de dominação e hegemonia num espaço que deveria ser de criação e subversão.

Táticas de escrita...

Não comecem com metas gigantescas, pensem em metas pequenas; (estudos e não singularidades); 

Mantenha diário sobre os deveres de cuidado (assumidos na pandemia) e seus momentos de prazer; 

Disciplina do corpo, observe seu biorritmo (começar por onde e quando se é mais potente); 

Não crie um processo solitário (coletivize sua escrita para buscar legitimação, sem ser na academia); 

Não acredite em genialidade (?)...

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Profa. Rosana: 

Cita exemplo de José Saramago quanto ao ritmo de escrita. Localizei esses trechos de entrevistas: clique aqui

Romper com a ideia de "não consigo escrever".

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Profa. Débora:

Esqueçam originalidade / ineditismo.

Dilema da escrita em primeira ou terceira pessoa - um falso dilema, mas pode ser regra de sobrevivência.

Escolha do tema de pesquisa - olhar para onde mais se gosta, o que mais toca você.

Não há fronteiras entre saberes.

Estilo próprio de escrita é difícil na academia.

Controle de ansiedade - estratégia de engajar-se em grupos que aliviam por meio da conversa, diálogo, que suscitam questionamentos.

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Profa. Rosana:

 O mito do corpo sofredor na escrita e da mente separada do corpo.

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Profa Débora:

Recorrer à leitura de ficção para destravar a escrita.

Relações com orientador; "ele não é seu dono".

Livros escritos por ela: Carta de uma orientadora: o primeiro projeto de pesquisa e Plágio: palavras escondidas.


[1] Twitter de Rosana Pinheiro-Machado

[2] YouTube de Rosana Pinheiro-Machado 

Site de Rosana Pinheiro-Machado 

domingo, 1 de novembro de 2020

Troche, Gervasio Troche

!TROCHE!

 O artista que me abriu caminhos para a construção dos slides na defesa de Mestrado... Devo isso a ele.

Incrível como ele parece ter resposta para tudo nessa vida.

O artista Gervasio Troche nasceu em 28 de novembro de 1976, em Avellaneda (Argentina), mas possui nacionalidade uruguaia. Sua infância se passou na Argentina, México e França. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes de Montevidéu.

Ele esteve no Brasil em mais de uma ocasião. Participou de atividades no SESC, em palestra e e ministrando um curso. No SESC Ipiranga, pintou um mural de 27 metros de comprimento e 3,15 metros de altura, com a obra Tecendo o Universo, publicada pela primeira vez em 2009. Saiba mais sobre o processo clicando aqui

Sua obra é extremamente cativante pela simplicidade, elegância e profundidade. Tudo em preto e branco.

É como se qualquer coisa que você queira expressar, ele já tivesse produzido uma imagem que representa perfeitamente aquilo.

Processos, sentimentos, intenções, ideações, desejos, provocações... Pistas!

Seguem três imagens de Troche que utilizei, representando um longo processo, muito pessoal e especial, de (des)aprendizagem:


 

Na minha Caleidoscópio: Caixa de Ativação, incorporei uma de suas figuras, fazendo um pequeno quadrinho de papel verge colado à papel cartão, para circular, provocar e coletar impressões espontâneas. Ficou assim:



Algumas ideias evocadas pela obra foram: uma viagem para dentro de si, olhar para dentro de si, mergulho interior, autoconhecimento. Foi um ótimo disparador para dialogar sobre formação / des-formação no contexto da Educação em Saúde.

Apesar de muito de sua obra estar disponível na internet, não resisti e comprei dois de seus livros na Festa do Livro da USP de 2019:


Explore mais sobre a vida e a obra de Troche em um clique:

Blog do Troche <3 

Compre os livros de Troche aqui 

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